Durante as férias, projeto estimulou estudantes da Reme para hábito da leitura
Com o gosto de quero mais que toda boa história causa na gente é que aconteceu o encerramento do projeto “A Leitura não tira férias” na tarde desta segunda-feira, 31 de janeiro, no auditório da escola Caic Padre Ernesto Sassida.
Desenvolvido de forma pioneira nas encolas que integram a Rede Municipal de Ensino de Corumbá (REME), o projeto envolveu alunos dos 1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental com vivências literárias por meio de contações de histórias, leituras compartilhadas e individuais, além de circuito de leituras.
Tudo aconteceu de forma lúdica para despertar o hábito da leitura de forma prazerosa nos pequenos estudantes ao aproveitar o período de recesso escolar para manter o vínculo dos mesmos com a escola e o aprendizado.
Layze Aparecida Herrera Cassanha, coordenadora do polo na escola Clío Proença, localizada na parte alta da cidade, avaliou que as atividades foram ao encontro de um grande anseio dos alunos ocasionado pelo isolamento social pela pandemia.
“Todos mostraram estar com saudades da escola, desse contato. Temos relatos emocionantes. O projeto de leitura resgatou um sentimento de magia, encantamento pela arte. A gente via o brilho nos olhos, a alegria, eles não queriam ir embora”, contou ao frisar que as medidas de segurança sanitária não foram deixadas de lado.
Em outra parte da cidade, na escola Tilma Fernandes Veiga, a coordenadora Cristiane Sant’anna contou que o projeto já lançou sementes muito promissoras.
“Tivemos um aluno que ficou bastante empolgado com as ações do projeto e se propôs a criar um clube de leitura na escola com os colegas”, disse a Cristiane que, dentre as atividades, levou os estudantes para conhecer espaços públicos de leitura, sendo um deles, a Casa de Memória Dr. Gabi, onde descobriram Dom Quixote de La Mancha, o famoso personagem do romance de Cervantes e o preferido do advogado, jornalista, pecuarista e benfeitor da cultura corumbaense, Gabriel Vandoni de Barros, o Dr. Gabi
Com as ações que aconteceram em sete escolas, identificadas como polo, ficou claro para os participantes que, quando corretamente estimulados, os estudantes contradizem as teorias de que não gostam de ler.
“O projeto evidenciou que é possível criar uma rotina de leitura como hábito, desde que se apresente ela de forma prazerosa. Sem aquela coisa monótona, pesada da obrigação”, comentou Renata de Oliveira Esquer, o coordenadora do polo localizado na Escola Cyríaco Felix de Toledo.
“Para o meu filho foi importante o projeto, pois o ajudou na parte da interpretação, a interpretar a leitura. Como ele está num nível de aprendizado, pois foi para o segundo ano agora, ele conta tudo o que ouviu lá, fazendo esse processo de interpretar”, comentou Loizanira Miranda, mãe do aluno Caio Miranda Cassiano Rodrigues.
Os bons resultados obtidos fizeram com que a Secretaria Municipal de Educação já elabore a implantação do projeto, novamente, durante as férias de julho, conforme afirmou o secretário municipal de Educação, Genilson Canavarro de Abreu.
O projeto-piloto recebeu quase 150 inscrições em sete escolas pólo, localizadas em diferentes regiões da cidade.